Estadio do Corinthians :Banco do Brasil exige garantias.













 João Borba Filho,   diretor de Desenvolvimento de Negócios da Odebrecht Infraestrutura, informou que a empresa não trabalha com a possibilidade de interromper as obras do estádio do Corinthians em Itaquera. A empresa ainda não recebeu os recursos para financiar a obra.

- As obras estão sendo tocadas normalmente. Paralelamente, estamos terminando de estruturar a questão financeira. A gente não quer considerar esse risco (de parar as obras) do jeito que as obras e as negociações estão adiantadas.



O   Corinthians tem marcado nesta quinta-feira uma nova reunião com o Ministério da Fazenda para viabilizar o empréstimo do BNDES necessário para construção do Itaquerão. O vice-presidente do clube, Luis Paulo Rosenberg, participará do encontro. O ministro da Fazenda Guido Mantega não estará presente.


Esta será a segunda reunião entre Corinthians e governo federal para tratar dos últimos entraves para a liberação do empréstimo de R$ 400 milhões. Para viabilizar o negócio, o Banco do Brasil exige garantias de que receberá o dinheiro e a definição de quem irá assumir a dívida para liberar o empréstimo. 


Em tese, a ideia do Corinthians era oferecer os Naming rights do Itaquerão como garantia, mas até agora o clube não conseguiu vender o nome do estádio. Quem faz pressão pela liberação do empréstimo é a Odebrecht, responsável pela construção do estádio orçado em R$ 820 milhões.


A obra atingiu 55%  do cronograma e já consumiu quase R$ 400 milhões. Esse valor foi pago pela própria Odebrecht via empréstimos no mercado financeiro. A construtora já disse ao Corinthians que não pretende realizar um novo empréstimo e que aguarda a liberação da verba do BNDES - o problema é que, ainda que o empréstimo seja liberado, os R$ 400 milhões não serão repassados de uma vez só.


Nem o Corinthians nem a Odebrecht admitem publicamente que a obra pode parar, mas a construtora já disse em comunicado que está preocupada com o atraso da liberação do empréstimo.

PREFEITURA - Os outros R$ 420 milhões necessários para pagar o estádio virão de uma linha de incentivos fiscais da Prefeitura de São Paulo. Mas o Corinthians e a Odebrecht ainda não tem autorização para negociar os títulos do incentivo fiscal.
 Com 2.200 trabalhadores no canteiro de obras, a construção da futura Arena Corinthians alcançou 51,38% de avanço. Um dos principais marcos deste início de mês foi a colocação do primeiro módulo da estrutura metálica da cobertura do prédio leste.Com 75 m de comprimento e pesando 150 toneladas, a peça foi içada e assentada pelo maior guindaste sobre esteiras em operação no Brasil. Foi necessária uma equipe de 50 homens para erguer o módulo.


Já chegou ao fim a fabricação dos elementos pré-moldados de concreto (pilares e vigas) dos quatro prédios que compõem o estádio. Foram mais de 16 mil peças, a maioria já assentada. Falta ainda concluir a fabricação dos últimos lotes de pré-moldados, lajes e degraus, o que acontecerá até o final de outubro.

Agora que os degraus das arquibancadas inferior e superior do setor leste já estão assentados, os trabalhos de assentamento nas arquibancadas do setor oeste, sul e norte também caminham para o seu final. Dois dos túneis que servirão de saídas de emergência nos dias de jogos e shows já estão praticamente concluídos, bem como a galeria subterrânea de serviço, agora em fase de acabamento.


Também já estão sendo executados serviços de acabamento em vários pontos da obra, a começar pelos banheiros e nos espaços reservados para as concessões de lojas e lanchonetes. Alguns técnicos e operários concentram-se nos trabalhos de instalação das estruturas de aço que vão suportar a grande fachada de vidro do prédio principal, o oeste, que terá 220 m de comprimento por 25 m de largura. 

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